O tumor de bexiga é uma condição que requer uma atenção médica especializada, sendo diagnosticada inicialmente com a ocorrência de sangramento na urina. Seu tratamento geralmente é realizado localmente, sob a supervisão de um urologista.
Neste post, falaremos sobre o tumor de bexiga, seus sintomas, tratamentos indicados e alertas em casos de risco. Acompanhe!
Índice
O tumor na bexiga manifesta-se, na maioria das vezes, por meio de sangramento urinário, ocorrendo com maior frequência em homens do que em mulheres. Sabe-se que o cigarro está associado a essa condição, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer de bexiga em até 4 a 5 vezes.
Recentemente, tivemos um caso de uma pessoa jovem que fazia uso de cigarros eletrônicos há muitos anos, e suspeita-se que essas substâncias também possam estar relacionadas, tanto o cigarro quanto outras drogas e poluentes são absorvidos pelos pulmões, entram na corrente sanguínea e, em seguida, são eliminados pela urina, permanecendo horas e horas armazenados na bexiga. Ao longo do tempo, essas substâncias tóxicas podem causar câncer nas vias respiratórias, nos pulmões e também na bexiga, que é o órgão onde a urina é armazenada.
A bexiga corresponde a aproximadamente 90% dos casos de tumores que podem se desenvolver na bexiga, no ureter (que conduz a urina) e na mucosa do rim. Felizmente, metade dos tumores de bexiga são detectados em estágio inicial. No entanto, em cerca de 30% dos casos, o tumor pode apresentar maior invasividade, exigindo tratamentos mais radicais, como a remoção da bexiga.
Em aproximadamente 20% dos casos, ocorre metástase, tornando necessário o tratamento com quimioterapia e imunoterapia, que têm avançado significativamente nos últimos anos.
É importante ressaltar que o diagnóstico desse tipo de tumor geralmente acontece após a ocorrência de sangramento urinário, sendo fundamental que tanto homens quanto mulheres realizem uma avaliação médica completa.
O câncer de bexiga, ao contrário de outros tumores comuns na área da urologia, como próstata e rim, apresenta um crescimento mais rápido. Não é um tipo de câncer que pode ser deixado em espera por muito tempo, por isso é importante buscar o diagnóstico o quanto antes.
Frequentemente, o tratamento do câncer de bexiga requer a avaliação de uma equipe multiprofissional, composta por oncologistas e radioterapeutas. No entanto, na maioria dos casos, o tratamento é realizado localmente, sendo conduzido apenas pelo urologista.
Em alguns casos, pode ser necessário complementar o tratamento com medicamentos injetados na bexiga por meio de uma sonda. É fundamental estar ciente de que o câncer de bexiga é frequentemente diagnosticado após o surgimento de sangue na urina, e o tratamento adequado deve ser realizado.
É importante destacar que 15% dos tumores de bexiga não apresentam sintomas evidentes, como sangramento urinário. Cerca de 15% desses casos podem ser tumores graves, causando apenas sintomas leves, como urgência para urinar ou irritabilidade da bexiga. Esses sintomas irritativos muitas vezes são confundidos com uma cistite, especialmente em mulheres.
O câncer de bexiga é mais comum em pessoas com mais de 60 ou 65 anos. Após a menopausa, quase metade das mulheres sofre de infecção urinária, o que pode levar à irritação ao urinar. Muitas vezes, são prescritos antibióticos sem a realização de exames, o que pode resultar em casos de tumores superficiais na bexiga que manifestam apenas sintomas irritativos.
Portanto, é sempre importante procurar um médico se houver muitos sintomas ao urinar, mesmo na ausência de sangramento. Caso haja suspeita, pode ser necessário realizar um exame de cistoscopia, que consiste em uma endoscopia para visualizar o interior da bexiga.
O tratamento precoce é essencial para garantir melhores resultados e a recuperação adequada.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.