Olá! Agora eu vou falar sobre a hiperplasia da próstata, ou também, conhecida como o aumento benigno da próstata.
Eu sou o Cássio Andreoni, sou urologista e estamos aqui agora para falar sobre a hiperplasia da próstata, ou o aumento benigno da próstata, que é uma infecção muito comum da próstata.
Um problema muito comum é o de pedra nos rins, que pode acometer cerca de 15% da população, sendo um pouco mais frequente em homens do que em mulheres. É mais comum em lugares quentes e secos, tanto que as crises de dor relacionadas às pedras são maiores após 1 ou 2 meses com os dias mais quentes do ano.
A pedra se forma a partir da agregação de cristais de cálcio ou de ácido úrico, e na maior parte das vezes, quando se encontram supersaturados na urina (figura 1). Cerca de 1/3 dos casos tem história na família, porém, podem ser relacionadas a causas hereditárias e a questões relacionadas à dieta, tanto à algum exagero, quanto à falta de algo. Algumas doenças, mais conhecidas como gota (aumento de ácido úrico no sangue) podem favorecer o aparecimento de pedras, bem como outro problema menos conhecido, que é o aumento de cálcio na urina. Na dieta, o problema mais comum é ingerir quantidade insuficiente de água, deixando a urina concentrada, facilitando assim a agregação dos cristais. Na urina há fatores que protegem a formação de pedras e outros que favorecem, como mostrado na figura 2; água e citrato (proveniente das frutas cítricas) são os que mais protegem. A presença de infecção na urina, consumo aumentado de sal na dieta também são predisposições a pedras.
A maior parte das pedras que estão nos rins não causam sintomas. Em geral, as pedras ficam “coladas” na parede interna dos rins, e quando se desgrudam, seguem o trajeto da urina e acabam por “embocar” no ureter (figura 3), o que causa obstrução ao fluxo normal de urina, levando ao seu acúmulo. Além da dilatação e distensão do rim, o que pode levar a cólica renal, conhecida como uma dor muito intensa no flanco (ao lado na altura das costelas), incapacitante, que pode irradiar para a parte inferior do abdome e estar associada a náuseas e vômitos. Muitas vezes, esse quadro está associado a sangue na urina e/ou infecção no rim. O quadro infeccioso associado é mais comum em mulheres, e é muito preocupante, pois pode levar a infecção generalizada rapidamente com risco de vida, sendo portanto uma preocupação na avaliação inicial, ao verificar sinais de febre, tremores e calafrios.
Cólica renal. O tratamento do quadro agudo, normalmente, é visto nas unidades de pronto atendimento, e geralmente tem prioridade para analgesia, alívio da dor, e descarta quadro infeccioso associado, o que obriga a um tratamento emergencial. Após estabilização da dor, são realizados exames de urina, sangue e solicitado exame de imagem, ultrassom ou tomografia, para identificar o cálculo causador da dor, e planejar o melhor tratamento. O tratamento no momento da urgência é direcionado ao cálculo, que costuma estar no trajeto do ureter, causando a dor. Além disso, ele dependerá do tamanho, local e grau de dureza da pedra, e pode ser desde tratamento com medicamentos, para tentar expelir a pedra, bombardeamento com ondas de choque, para tentar fragmentar o cálculo, e vários tipos de cirurgia, na maioria endoscópicas sem cortes na pele. Quando a pedra é pequena e está parada no ureter, na parte mais próxima da bexiga (figura 4) pode-se optar por usar um grupo de medicamentos que diminuem a dor e relaxam um pouco o ureter, facilitando a saída da pedra nos dias subsequentes. Em geral, se houver melhora da dor, e ausência de suspeita de infecções associadas, o cálculo pode ficar no trajeto do ureter por cerca de 2 semanas, porém, após esse tempo, é aconselhado remover a pedra para que o fluxo urinário e a função do rim sejam restabelecidas. Em casos suspeitos de infecção, o paciente deve ser levado o mais rápido possível para o centro cirúrgico, para apenas drenagem do rim, com a passagem de um cateter ao lado da pedra, porém sem tentar retirá-la, pois isso pode causar uma piora do quadro infeccioso. Nos cálculos maiores e no ureter mais perto do rim, a opção de usar máquina de fragmentação de cálculos por ondas externas de choque é válida. Para isso, o paciente deve estar livre de dor e sem infecção, com a compreensão que mesmo ocorrendo a fragmentação, os restos de pedras deverão ser eliminados, podendo causar dor. Deve-se informar que existem muitos modelos diferentes de máquinas, cada uma com potência diferente e eficiência proporcional. Além disso, o procedimento deve ser feito também com grau de sedação, pois os choques são dolorosos. Enfim, a cirurgia endoscópica mais comum é a uretroscopia, ou seja, um aparelho bem fino conectado a uma microcâmera, que sem nenhum corte é introduzido até o cálculo que é fragmentado sob visão direta, com laser, e retirado todos fragmentos com uma cestinha especial. O procedimento é rápido, e muitas vezes pode ser dada alta no mesmo dia, ou dia seguinte. Após a fase aguda, ou se ocorre o diagnóstico de cálculos renais assintomáticos, a regra de tratamento segundo o tamanho, local do rim e grau de dureza da pedra continuam, e em situações especiais ainda pode-se utilizar outras medidas, como o ângulo para o cálice inferior e a distância pele-pedra. Para esses cálculos renais, pode-se utilizar a uretroscopia flexível, ou a cirurgia percutânea como procedimentos cirúrgicos. A uretroscopia flexível necessita de uma bainha para comunicar a parte externa até dentro do rim (figura 5). Durante o tempo nos EUA, o Dr Cássio Andreoni foi o PRIMEIRO no mundo a publicar o uso dessas bainhas para esse tipo de cirurgia (figura 5 ). Nesses procedimentos, também se usa o laser como auxiliar, para fragmentar as pedras e retirar com cestinha. Para cálculos maiores, dentro do rim, pode ser necessário realizar um furo de cerca de 1 cm nas costas, e passar um equipamento, que pode não ser tão fino como na uretroscopia flexível, e quebra até os chamados cálculos coraliformes, que de tão grandes adquirem formato interno do rim parecido com um coral.
Após tratamento da fase aguda, o individuo pode ser submetido à avaliação dietética e metabólica, para tentar entender o motivo da formação da pedra, e evitar a formação de novas no futuro. Usualmente é feito um breve questionário do tipo de alimentação e de rotina, e solicitado exames especiais de sangue e urina, que devem ser coletados por 24h. A análise da pedra removida é importante, porém, isoladamente essa análise não consegue fazer planejamento de prevenção. Após essa análise individualizada, pode ser aconselhado retirar alguns excessos, e incorporar algo que faltava na dieta. Alguns remédios específicos podem ser necessários para equilibrar o metabolismo e prevenir a formação de novas pedras.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.