Dr. Cássio Andreoni

Cirurgia para doença benigna da próstata: Necessária? Veja Opções!

Atualizado em 03/09/2024
Tempo de leitura: 3 min.

A doença benigna da próstata é uma condição comum entre homens acima dos 40 anos, podendo causar sérios problemas urinários e impactar a qualidade de vida. Embora não seja câncer, pode levar a complicações significativas, sendo uma preocupação relevante para a saúde pública.

Neste texto, falaremos sobre a necessidade de cirurgia para tratar a doença benigna da próstata, quando a intervenção é indicada e as principais opções cirúrgicas disponíveis. Confira!

Introdução aos Procedimentos Cirúrgicos

Nos últimos anos, diversos tipos de procedimentos cirúrgicos para tratar a doença benigna da próstata foram introduzidos, tornando esse tema uma consulta frequente no consultório. A discussão pode ser dividida em duas partes: primeiro, se há necessidade de operar, e segundo, qual cirurgia realizar. Essa pergunta é crucial, pois a doença benigna da próstata pode ser mais problemática para a saúde pública do que o câncer, apesar de receber menos atenção. Muitos pacientes acreditam que, se não for câncer, não há problema, mas isso não é verdade.

Impactos da Doença Benigna da Próstata

A doença benigna da próstata pode causar complicações a médio e longo prazo, prejudicando significativamente o paciente. A bexiga é o principal órgão afetado, podendo sofrer deterioração crônica e, em casos graves, parar de funcionar completamente, obrigando o paciente a usar uma sonda permanentemente. Este problema afeta cerca de 90% dos homens ao longo da vida, especialmente entre os 40 e 89 anos. Aproximadamente 20 a 30% desses homens precisarão de cirurgia, enquanto o restante pode ser tratado com medicações, que frequentemente evitam a necessidade de intervenção cirúrgica.

Quando optar pela cirurgia?

A decisão de optar pela cirurgia deve ser avaliada pelo urologista, considerando exames e o quadro clínico do paciente. A necessidade de cirurgia geralmente surge quando o tratamento clínico falha, como quando os medicamentos deixam de ser eficazes, ou o paciente apresenta infecções frequentes e sintomas exacerbados que não melhoram, como jato urinário fraco e urgência urinária. Exames que mostram que a bexiga está sobrecarregada também indicam que a intervenção cirúrgica pode ser necessária, mesmo que o paciente tenha poucos sintomas.

Avaliação da Necessidade de Operar

É fundamental discutir com o urologista a necessidade de cirurgia. Alguns procedimentos emergentes sugerem que os pacientes abandonem a medicação para realizar a intervenção cirúrgica, o que pode ser arriscado. Muitos respondem bem ao tratamento com medicamentos, portanto, a decisão de operar deve ser baseada em uma análise dos prós e contras. A escolha da técnica cirúrgica, quando necessária, deve levar em conta o tamanho da próstata, mas tanto próstatas pequenas quanto grandes podem ou não precisar de cirurgia, dependendo de outros fatores.

Tipos de Cirurgias Disponíveis

As cirurgias podem ser realizadas por via abdominal ou pela uretra. A cirurgia abdominal aberta ainda é comum e eficaz, especialmente onde o robô cirúrgico não está disponível, embora este ofereça benefícios em termos de recuperação. Pela via uretral, existe uma variedade de técnicas, incluindo a tradicional raspagem da próstata, que continua sendo relevante e eficaz. Esse procedimento pode ser feito com técnicas monopolares ou bipolares, oferecendo melhor controle da coagulação e bons resultados a longo prazo.

Conclusão

As técnicas minimamente invasivas realizadas pelo canal uretral são conhecidas por causarem menos problemas de ejaculação, embora não eliminem completamente esses efeitos adversos, podendo necessitar de reoperação em um período mais curto. Em conclusão, é essencial primeiro determinar se há necessidade de cirurgia ou se o tratamento medicamentoso pode ser mantido.

Ao decidir pela intervenção cirúrgica, devem ser considerados o tamanho da próstata, as técnicas disponíveis, os custos e os potenciais efeitos colaterais. Se você gostou deste conteúdo, continue nos acompanhando.

Dr. Cassio Andreoni Ribeiro

CRM 78546
RQE 102167 - Urologista

Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.

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