O câncer de bexiga é uma condição que não faz distinção de gênero, manifestando-se tanto em homens quanto em mulheres. Este tipo de tumor, muitas vezes, encontra sua origem em hábitos prejudiciais, com o tabagismo despontando como um dos principais fatores de risco.
Neste post, abordaremos os fatores de risco para o câncer de bexiga, destacando o tabagismo, tratamentos, mutações genéticas e hábitos diários. Exploraremos sinais reveladores, diagnóstico por cistoscopia e opções de tratamento, enfatizando a importância de procurar um especialista diante de sintomas preocupantes. Acompanhe!
Índice
O tumor de bexiga tem como predisposição o hábito de fumar, sendo o cigarro uma causa que combatemos veementemente, dada a sua natureza nociva, capaz de gerar diversos problemas, inclusive o câncer de bexiga.
O câncer de bexiga, por sua vez, pode ter sua incidência multiplicada até 4 vezes, afetando aproximadamente 1/3 das pessoas que apresentam esse tipo de tumor e que são fumantes.
Esse risco pode persistir por cerca de 20 anos após o indivíduo ter cessado o tabagismo, portanto, mesmo muitos anos após parar de fumar, o cigarro ainda pode ser um fator desencadeante do câncer de bexiga.
Diversos tratamentos, como o uso de ciclofosfamida, além de mutações genéticas e certos hábitos, como o contato frequente com tintura, borracha, e ambientes relacionados à indústria de metal e couro, podem aumentar o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer.
Geralmente, a presença de sangue na urina, conhecida como hematúria, é um sinal revelador.
Recentemente, uma prima de uma paciente que estávamos tratando contra o câncer de bexiga veio aqui em nosso consultório. Ela talvez tenha ficado um pouco desidratada, urinou em tom mais amarronzado e escuro, suspeitando que pudesse ser um sangramento na urina.
Dessa forma, exames são necessários para confirmar se é de fato sangue, iniciando assim uma avaliação mais detalhada. Vale ressaltar que entre 15% a 20% das pessoas não apresentam sangue na urina. Muitas delas experimentam irritabilidade ao urinar com frequência, sendo que na maioria dos casos não se trata de câncer de bexiga, mas sim de uma infecção urinária.
Se uma pessoa está apresentando sintomas de cistite, que aparentemente se assemelham a uma infecção urinária, e está tomando antibióticos sem melhora, é necessário realizar uma avaliação mais aprofundada com um especialista para descartar a possibilidade de outros tipos de tumores.
Frequentemente, isso envolve a realização de uma endoscopia da bexiga. Esta questão relacionada ao tumor de bexiga na avaliação muitas vezes não requer apenas exames de imagem simples, como ultrassom, ressonância ou tomografia, devido à existência de tumores planos, enquanto outros são mais visíveis.
Assim, quando se trata de um tumor, como um pólipo, é mais fácil diagnosticá-lo através de cistoscopia, que é uma endoscopia da bexiga. Este procedimento deve ser realizado para avaliar a presença de tumores planos, sendo que alguns só podem ser identificados por meio desse exame visual.
Após a realização da endoscopia, em que a pessoa está sob anestesia no centro cirúrgico, toda a lesão deve ser ressecada e enviada para a biópsia. Somente a partir desse procedimento é possível fazer o diagnóstico definitivo do tumor de bexiga.
Os tumores de bexiga, especialmente os mais superficiais, podem ser removidos de maneira menos invasiva. Por outro lado, aqueles mais agressivos podem exigir a retirada completa da bexiga, podendo ou não envolver a associação com quimioterapia.
Dessa forma, é importante destacar que o tumor de bexiga, embora não seja tão conhecido, é relativamente comum tanto em homens quanto em mulheres.
Portanto, se a pessoa apresenta sangramento na urina, suspeita de sangramento, ou sintomas irritativos na bexiga que não melhoram com medicações iniciais, é aconselhável procurar um especialista urologista para uma avaliação mais detalhada.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.