O novembro azul, criado para discutir e chamar atenção sobre os problemas do homem, nasceu por volta de 2003 na Austrália e acabou indo para o mundo.
Alguns tempo após sua criação, o novembro azul se destacou em falar sobre problemas de câncer de próstata, e de uns anos para cá, entrou em uma conscientização maior para discutir de forma mais ampla a saúde do homem. Continue acompanhando esse post e saiba mais sobre a importância da conscientização no novembro azul.
Índice
Os homens têm, em uma média geral, em análises psicológicas, uma certa aversão à procurar o médico. Isso é questão de o homem, ao ficar doente, pode ter sua vulnerabilidade afetada. O homem gosta de estar em uma posição de controle, então a doença pode acabar retirando esta questão.
Por ser difícil de falar sobre a saúde do homem, temos a importância da mulher. A mulher, além de amigos e familiares, são importantes nesta conscientização para que façam o homem procurar o médico. Recentemente tive um caso de uma pessoa com um tumor de bexiga que achava que estava com um problema urinário e não ia no médico a mais de 10 anos, e já depois dos 70 anos de idade resolveu procurar, o que acabou prejudicando seu tratamento, ou seja, não podemos deixar isto acontecer!
Antes de falarmos especificamente sobre a saúde do homem, seria importante revisarmos quais são as causas mais frequentes que levam, por exemplo, à mortalidade do homem.
No Brasil, uma das primeiras causas, é a mortalidade por trauma, que inclui armas de fogo mas também acidentes de carro, que muitas vezes estão relacionados ao uso de álcool e drogas, de forma que uma das principais medidas de prevenção seja a diminuição do uso de bebida alcoólica quando for dirigir, pois isso pode causar acidentes e brigas. Então, fazer uma moderação com o uso de bebida alcoólica tem um impacto importante não só na saúde, como também até na mortalidade do homem no nosso país.
Não dá para falarmos na saúde do homem sem falarmos em problemas cardíacos, que estão sempre entre a primeira e a segunda causa de mortalidade no homem.
Então, fazer check-ups regulares, procurar um clínico, procurar um cardiologista com regularidade, anualmente, é super importante na prevenção, para ter uma melhora na alimentação e uma saúde melhor, e tudo isso tem a ver com a saúde específica do homem também, porque com relação a próstata e relação também aos hormônios e a parte sexual do homem, são as causas mais específicas que o urologista acaba tratando. Tem a ver também com tudo que se preconiza para o coração, para a saúde no geral, é excelente também para tudo, para próstata e para a saúde sexual.
Se você tiver com um peso melhor, seus hormônios ficam melhores, se você fizer atividade física e não fumar, sua saúde vascular é melhor porque vai ter menos problemas de ereção e impotência sexual. O problema da impotência sexual está diretamente relacionado à questão cardiovascular do homem, então, é necessário controle de peso, não comer gordura, não fumar, tudo isso vai melhorar tanto a parte hormonal, quanto o desempenho sexual, que também é bom para a próstata.
O câncer de próstata vai se desenvolver com maior frequência em homens que podem ter maior obesidade, uso de alimentação com mais gordura de forma mais regular e sedentarismo.
A saúde do homem é uma questão global cujas prevenções são praticamente as mesmas, tanto para questões de coração, quanto específicas, e é importante então que o homem tenha, anualmente, principalmente depois dos 40 anos. Isso pois, na maioria das vezes, enquanto a mulher, que logo quando começa a vir a menstruação na adolescência já começa a pegar o hábito de fazer visitas regulares ao ginecologista, muitos homens nunca nem foram no médico com 40 anos de idade, mas é exatamente aí que a conta começa a chegar e a vir muitos abusos, como aquele churrasco toda semana, muita cerveja com amigos e pouca atividade física.
Então, é hora, principalmente depois dos 40 anos, de fazer visitas regulares no clínico geral, no cardiologista e no urologista, para, de forma geral, diminuir as doenças e a mortalidade no homem.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.