O aumento benigno da próstata, também conhecido como hiperplasia prostática benigna (HPB), é uma condição comum que afeta homens, especialmente à medida que envelhecem. Embora não seja uma condição maligna, o aumento da próstata pode impactar significativamente a qualidade de vida e requer atenção médica para avaliação e tratamento adequados.
Neste texto, vamos explicar como é feito o tratamento do aumento benigno da próstata, os novos tratamentos não invasivos e sua eficácia. Confira!
Índice
O aumento da próstata é um problema muito prevalente em todo lugar do mundo. Os homens depois dos 40 anos começam a aumentar a próstata, e não tem muito que se possa fazer para evitar, pode-se fazer para piorar, como ditas "reposições", que na verdade são hiper estímulos com testosterona, que pode piorar bastante o quadro.
O maior problema do aumento benigno da próstata, em geral, é que pode causar incômodo para urinar, sobrecarga da bexiga ou os dois juntos.
Quase sempre o tratamento inicial é feito com o uso de medicação. Existem dois tipos de medicação, que é o medicamento que diminui a próstata e o medicamento que relaxa a musculatura da próstata.
A próstata tem musculatura, e para fazer ejaculação tem que ter contração, então, relaxar a musculatura pode ser até mais efetivo do que diminuir o tamanho da próstata.
Em termos de medicamentos não tem nada muito diferente do que tem nas últimas décadas. No entanto, de uns anos para cá (nos últimos 5 anos) tem alguns tipos de cirurgias diferentes.
O clássico é a remoção do miolo da próstata que aumenta. E na verdade, qualquer tratamento que for ser colocado vai ter que mexer nesse miolo da próstata, que é o problema. A doença está lá, então não existe um tratamento milagroso que vai mexer em um lugar diferente, mas sim mudar como isso é feito.
Antigamente, esse procedimento era feito através de cirurgia aberta, em que se removia todo esse nódulo. De 30/40 anos para cá, técnicas pela uretra que você pode tirar esse miolo, seja com remoção cirúrgica, monopolar, bipolar, seja com laser, só muda a fonte de energia. Esses são os tratamentos já que tem décadas.
Nos últimos 5 anos, tem algumas técnicas chamadas menos invasivas, uns dizem que é com água, outros com vapor d'água, outros que põe um certo dispositivo que alarga o canal, que normalmente é melhor para próstatas menores, e se diz que isso não tem problemas de ejaculação.
É importante relembrar que a função principal da próstata é produzir parte do líquido da ejaculação e contração na ejaculação, e que a ejaculação é diferente do orgasmo. Na verdade, o orgasmo é a sensação do prazer, do clímax sexual, enquanto a ejaculação é a eliminação do líquido.
É muito difícil que qualquer tratamento, seja com remédio, cirurgia menos invasiva ou mais invasiva, não crie riscos de alterar o volume da ejaculação.
Então esses novos tratamentos podem ser feitos, eles têm indicações; existem pacientes mais selecionados, que têm mais vantagens, de acordo com a idade, doenças associadas, tamanho da próstata etc.
Um tratamento mais, vamos dizer assim... que remove mais definitivamente toda a doença do aumento benigno, pode ser que crie um risco maior de diminuir mais a ejaculação, e outros tratamentos que possam ter uma melhora parcial, não tão intensa quanto o outro e que pode diminuir o risco, porém colocar risco zero, como a gente tem visto em algumas publicações, não é verdadeiro. Como eu falei, até remédio pode alterar a ejaculação.
Então, a escolha do procedimento cirúrgico para o aumento benigno, primeiro é preciso ver se opera ou não, se os remédios podem não ser ainda efetivos. E se vai fazer a cirurgia, não existe uma fórmula e um procedimento que vale para todos, então não é uma escolha do paciente, isso tem que ser discutido com o médico os prós e contras, os riscos e os benefícios de se fazer esses novos tratamentos.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.