A bexiga do idoso pode sofrer diversas alterações com o envelhecimento, afetando significativamente a qualidade de vida. Com o passar do tempo, as mudanças na estrutura e função da bexiga podem causar problemas urinários tanto em homens quanto em mulheres, necessitando de atenção e cuidados específicos.
Neste post, discutiremos as mudanças na bexiga com o envelhecimento, reflexos involuntários, problemas no esvaziamento e a importância do tratamento precoce. Acompanhe!
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Com o tempo, a musculatura da bexiga pode ser substituída por colágeno, tornando-se um pouco "endurecida". Essa mudança compromete algumas funções da bexiga. Ela tem duas principais funções que chamo de modo "caixa d'água", onde armazena a urina, e modo "bomba d'água", quando se contrai para esvaziar. No idoso, a bexiga pode ficar menos elástica, reduzindo a autonomia e exigindo idas mais frequentes ao banheiro.
Além disso, pode ocorrer um "start", um reflexo involuntário que causa contrações da bexiga sem a vontade da pessoa, resultando em perdas urinárias e na necessidade de usar absorventes específicos. Tanto na função de armazenamento quanto na de esvaziamento, a bexiga pode contrair com menos força. Nos homens, o aumento da próstata com a idade pode agravar esses problemas.
Isso pode levar a um jato fraco de urina e à incapacidade de esvaziar completamente a bexiga, causando a sensação de necessidade frequente de urinar e perdas urinárias. Esse ambiente úmido pode levar a infecções urinárias. Nos homens, o resíduo urinário que a próstata, junto com a bexiga mais fraca, não deixa esvaziar completamente pode ser problemático.
O acompanhamento regular é essencial para entender que esses problemas têm tratamento. Quanto mais cedo tratar, principalmente com medicações ou identificando causas que podem agravar o problema, como o aumento benigno da próstata. Mulheres que tiveram muitos partos podem ter fragilidade pélvica e, às vezes, precisar de cirurgia para reconstituir a força da uretra e impedir a perda urinária.
A bexiga, com o passar do tempo e na terceira idade, pode causar problemas específicos e precisa de tratamento precoce. Se você gostou do conteúdo, continue nos acompanhando.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.