O tratamento hormonal, para o câncer de próstata, é um dos mais antigos, na década de 60, foi o motivo de prêmio Nobel, para os autores que descobriram o hormônio masculino, a testosterona, é como se fosse uma gasolina, ou seja, estimula o crescimento das células cancerosas na próstata, de forma que o seu bloqueio, que seria mais ou menos igual à castração que eles faziam na época, entre a década de 50 e 60, e até hoje pode ser feito.
O procedimento fazia com que as células cancerígenas atrofiassem e parassem de crescer, e assim o tumor regredia. Tinham pessoas que estavam com tumores muito avançados, e eram submetidas à retirada de dois testículos, cirurgicamente, e os tumores avançavam.
Isso mudou muito a sobrevida, e até hoje esse procedimento é feito, só que de outra forma, na maioria das vezes.
Então, isso também é uma forma de castração. Podemos dizer que muitas pessoas têm duvidas sobre isso, e este tema pode ser colocado em diversas nomenclaturas diferentes, como bloqueio de androgênico, tratamento hormonal, hormonioterapia, castração química, castração cirúrgica, e mais ou menos todos partem do mesmo tema.
Esses tratamentos, normalmente, são feitos em pessoas que já estejam com os tumores evoluídos de forma sistêmica, distribuídos em outras partes do corpo, como nos ossos. Porém, a maioria das vezes tem outras questões mais específicas.
O tratamento hormonal não irá matar as células, então, o tumor para de crescer e a pessoa fica estável. Muitas pessoas, públicas, políticos, já tiveram toda uma vida, com um tumor avançado, fazendo castração, e a maioria mal sabe do porque de conseguir levar uma vida normal.
A radioterapia é um tratamento parecido com uma cirurgia, ou seja, também ela também é considerada um tratamento, com opção curativa e várias maneiras de ser feita, mas com opção apenas na próstata.
Ou seja, se a pessoa tem a doença, restrita à próstata, é feito o procedimento de radioterapia. O ponto de vista, de tratamento de câncer, é como uma cirurgia de tratamento apenas no local.
A radioterapia pode ser utilizada no câncer de próstata, como um tratamento único, com a alternativa para cirurgia em casos selecionados, e como tratamento adicional após a cirurgia.
Cerca de 10% dos casos cirúrgico podem ter uma discussão, se existe benefício em associar depois o tratamento de radioterapia para o paciente, para diminuir a chance de recorrência local.
Então, radioterapia e o bloqueio do hormônio masculino do homem, por várias formas, podem ser feito com drogas, ou cirurgias.
São tratamentos, que estão juntos com a cirurgia, ou um tratamento único para tumores mais avançados da próstata.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.