Muitas pessoas questionam se uma alteração no sêmen pode indicar um problema na próstata, especialmente o câncer, que é uma fonte de preocupação e medo para muitos. No entanto, apesar de a próstata ser responsável por cerca de 30% do líquido ejaculatório, essas mudanças não são perceptíveis a olho nu nem detectáveis rotineiramente por exames.
No post de hoje, falaremos sobre diagnósticos, tratamentos disponíveis e orientações importantes para as alterações no sêmen. Acompanhe!
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Atualmente, existem muitas pesquisas sobre a identificação de possíveis alterações celulares que podem indicar câncer no líquido ejaculado, mas isso ainda não é parte da prática médica padrão.
As alterações no sêmen são mais comuns quando há uma frequência elevada de ejaculação, portanto, se um homem ejacula diariamente, é provável que ele observe diferenças na cor e no volume do sêmen em comparação com alguém que ejacula apenas uma vez por semana. A frequência da ejaculação pode influenciar perceptivelmente essas alterações, podendo haver uma tendência ao longo do tempo para um aumento ou diminuição na quantidade, bem como na viscosidade, resultando em uma coloração ligeiramente mais amarelada.
Porém, há situações em que ocorre a presença de sangue no esperma, e isso não é algo trivial ou comum. Essa ocorrência pode ser preocupante, não apenas para o homem, mas também para a parceira que está presente, pois é uma situação que pode causar apreensão generalizada. É importante esclarecer que, na maioria dos casos, essa presença de sangue no esperma não está relacionada ao câncer.
A saída de sangue no esperma, é um problema que muitas vezes não possui uma causa clara, mesmo com investigações. Em cerca de metade dos casos, não se chega a uma conclusão definitiva, e frequentemente essas situações estão associadas a processos inflamatórios, infecciosos ou, em alguns casos, traumas.
É interessante notar que muitos homens que realizam biópsias de próstata experimentam a presença de sangue no esperma por um período que pode durar até um mês e meio após o procedimento. Embora seja uma situação aflitiva, é importante ressaltar que, na maioria das vezes, não representa um diagnóstico grave.
No entanto, é aconselhável buscar uma avaliação médica para investigar a causa subjacente, infelizmente, em muitos casos, a causa exata não é identificada, o que pode ser frustrante para os pacientes, além disso, esses episódios podem ser recorrentes, levando alguns a procurar diferentes médicos em busca de respostas, o que é compreensível, mas pode aumentar a insegurança.
É fundamental entender que a presença de sangue no esperma não é motivo para pânico. Existem diversos tratamentos disponíveis para ajudar a reduzir esse sintoma, embora em muitas situações a causa subjacente possa não ser identificada.
Portanto, não é necessário ficar excessivamente preocupado, mas é aconselhável relatar qualquer alteração a um especialista, que poderá orientar o paciente da melhor maneira possível.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.