A cistectomia radical é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção completa da bexiga, geralmente realizada em casos de câncer invasivo. Essa intervenção complexa requer uma abordagem multidisciplinar e apresenta desafios significativos para os pacientes.
Neste texto, vamos explorar o processo da cistectomia radical, desde a remoção da bexiga até as opções de reconstrução disponíveis
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No nome cistectomia, cis significa bexiga e tudo que é ectomia, significa remoção, então, cistectomia radical é o nome técnico que se dá para a remoção total da bexiga.
A cistectomia radical é frequentemente realizada em casos de câncer de bexiga invasivo da musculatura. Nos homens, alguns casos podem envolver a remoção da próstata também. Essa cirurgia complexa requer uma equipe multiprofissional experiente e pode ter complicações.
Após a remoção da bexiga, existem diferentes abordagens para a reconstrução. Uma opção é utilizar pedaços de intestino para criar uma nova bexiga. Outra possibilidade é a criação de uma bolsinha externa, na qual a urina é coletada e trocada regularmente. A escolha entre essas técnicas depende de fatores clínicos, como a função renal do paciente.
As novas bexigas reconstruídas após a cistectomia radical têm capacidade limitada de armazenamento de urina. Elas não possuem a mesma função de contração da bexiga original, o que pode exigir fisioterapia é um processo de adaptação para a micção. No entanto, oferecem a vantagem de uma imagem corporal preservada e ausência de vazamentos.
A decisão sobre a reconstrução da bexiga após a cistectomia radical deve envolver uma equipe médica qualificada e a participação ativa do paciente. A escolha da técnica adequada deve levar em conta fatores como as condições clínicas, as complicações potenciais e as preferências individuais. É essencial contar com um bom hospital e suporte pós-operatório adequado, devido à natureza complexa e potencialmente prolongada da cirurgia.
A cirurgia de remoção da bexiga é complexa, mas pode ser uma opção de cura para casos mais graves de câncer de bexiga.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.