A cistectomia radical nas mulheres é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção da bexiga, do útero, das trompas e da parte anterior da vagina. É realizada devido a tumores na parede próxima à vagina, diferindo da cistectomia em homens, que está relacionada à próstata.
Neste post, falaremos sobre a cistectomia radical nas mulheres, a remoção da bexiga, os riscos, a reconstrução e a preservação dos órgãos envolvidos. Acompanhe!
Índice
A remoção da bexiga, conhecida como cistectomia radical, apresenta significados distintos para homens e mulheres. Enquanto nos homens está diretamente relacionada à próstata, nas mulheres está ligada ao útero e à vagina.
Essa cirurgia envolve a remoção da bexiga, do útero, das trompas e da parte anterior da vagina, devido à estreita posição anatômica entre esses órgãos
Geralmente, os tumores localizam-se na parede próxima à vagina, tornando necessária a remoção total da bexiga, o que pode afetar significativamente a vida sexual feminina. Em alguns casos, é possível preservar parte da bexiga, mas sempre há o risco de resíduos tumorais, justificando a remoção conjunta com a vagina.
A decisão final sobre o procedimento deve ser tomada durante a cirurgia, com base na análise patológica imediata, amostras da região vaginal são removidas para avaliação, a fim de determinar a necessidade de remoção adicional.
Com os avanços médicos, é possível detectar tumores em estágios iniciais e reduzi-los com quimioterapia, o que amplia as possibilidades de preservação dos órgãos envolvidos. No entanto, é preciso estar ciente dos riscos envolvidos e considerar as necessidades individuais de cada paciente, com base nos resultados das análises patológicas realizadas durante o procedimento cirúrgico.
Recomenda-se que essa decisão seja tomada em conjunto com o ginecologista, visando a uma reconstrução adequada após a cirurgia. Essa abordagem multidisciplinar tem como objetivo minimizar os impactos na vida sexual das pacientes.
É importante destacar que não é possível garantir um resultado específico em cada caso, pois as circunstâncias podem variar, no entanto, é possível realizar a preservação da vagina e uma reconstrução adequada para minimizar os efeitos negativos da cirurgia, como a incontinência urinária.
A reconstrução da bexiga em mulheres exige cuidados especiais devido à fragilidade da parede do assoalho pélvico, embora seja possível evitar o prolapso da nova bexiga, há o risco de aumento na frequência urinária.
Por outro lado, se não for realizado um reforço adequado na região vaginal antes da reconstrução, pode ocorrer obstrução completa da bexiga, portanto, é fundamental avaliar cada caso individualmente e trabalhar em equipe com ginecologistas, garantindo não apenas a sobrevivência, mas também a qualidade de vida das pacientes.
Atualmente, com os avanços médicos, temos a capacidade de preservar melhor os órgãos e melhorar a função sexual após a remoção completa da bexiga. Essa abordagem multidisciplinar, envolvendo diferentes especialidades, tem contribuído para ampliar a expectativa de vida e a qualidade de vida das pacientes.
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Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.