O cisto nos rins pode acometer até 70% das pessoas acima de 40 anos. Portanto, ele é muito comum e o diagnóstico é feito através de exames de imagem e de rotina, como o em check-up.
O cisto no rim pode ser comparado a uma pinta, por exemplo, a pinta é muito comum e possui um risco muito baixo de câncer. O mesmo acontece com o cisto.
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Falando sobre cisto, algumas pessoas costumam chamar de quisto. Porém, cisto e quisto são sinônimos. Em Portugal usa-se ‘quisto’ e aqui no Brasil, a maioria das pessoas fala ‘cisto’, que é derivado do inglês, como cist.
Além disso, a palavra ‘quisto’ não significa maior probabilidade de câncer do que a palavra ‘cisto’.
Saiba que o risco de câncer de rim não tem relação com o tamanho do cisto. Ou seja, tamanho não é documento para definir risco de câncer em um cisto renal.
Existem outros fatores que são levados em consideração para diagnosticar risco de câncer, e não tem como concluir apenas com exame de ultrassom. São eles:
Esses fatores podem ser avaliados através de uma tomografia ou ressonância com contraste. Existem pessoas com intolerância a um tipo de contraste, por isso, o médico definirá qual o melhor exame para cada paciente, mas no geral, eles são coincidentes em quase 90% dos casos.
O que difere um exame do outro é que a ressonância identifica melhor os contrastes líquidos e a tomografia vê de uma forma mais nítida e clara as calcificações. Por isso, às vezes é importante fazer os dois exames e identificar características diferentes.
Depois do diagnóstico, a Classificação de Bosniak é feita para avaliar qual o risco de câncer do cisto, que tem 4 (quatro) graus.
O Bosniak tipo 1 é o cisto simples com 0% de risco, o tipo 2 tem um risco muito baixo, quase 0. Portanto, os cistos de tipo 1 e 2 não são indicados para tratamento, apenas acompanhamento com exames de imagem.
No Bosniak tipo 3, o risco varia entre 40 a 60 %, e o tipo 4 pode chegar a 90% de risco. Nesses casos, o tratamento poderá ser indicado.
Existe uma regra quase geral, sempre tem exceções, mas os cistos renais que estão relacionados com câncer são tumores mais “bonzinhos” em que a remoção cirúrgica tem quase 100% de chance de cura definitiva.
De forma que é importante fazer uma avaliação adequada com um excelente exame de imagem e depois discutir as possibilidades de tratamento e individualizá-las.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.
Tenho um cisto bosniak 3 meu médico disse que talvez tenha que tirar o rim
Olá, Lilia. Tudo bem? Entendo. O ideal é seguir todas as recomendações do seu médico direitinho.
Espero ter ajudado. Agradeço pelo comentário!