Os cistos renais representam uma condição comum, especialmente em indivíduos com mais de quarenta anos. Embora sua presença seja prevalente nessa faixa etária, é importante compreender que nem todos os cistos apresentam os mesmos riscos à saúde.
No post de hoje,falaremos sobre os diferentes tipos de cistos renais e sua classificação, com foco na classificação Bosniak. Acompanhe!
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Os cistos renais são muito comuns em todos nós, principalmente após os 40 anos, porém não possuem relação diretamente com o câncer. O cisto renal pode ser simples e ocorrer em até 70% das pessoas após essa idade, tornando-se muito comum. No entanto, alguns tipos de cisto podem apresentar características que aumentam o risco de câncer.
O Bosniak é uma tabela de classificação criada pelo Dr. Bosniak em 1986 e já passou por algumas modificações. Essa tabela divide os cistos de 1 a 4, os cistos comuns (tipo 1), que não representam risco de câncer, são simples e têm uma aparência semelhante a uma bolha, com paredes simples. No tipo 2, o cisto já apresenta uma membrana septal com calcificação.
Já o cisto bosniak 3, a coisa começa a ficar com um pouquinho mais de risco de poder ser um tumor, as paredes são espessas, têm membranas e calcificações mais grosseiras, ele vai ficando mais feio, mais cheio de coisas no meio dele ou até o tipo 4, que ele já pode apresentar um tumor sólido dentro dele mesmo.
O que acontece com o cisto tipo bosniak, é que em geral é que o tipo 1 e 2 que são mais simples têm um risco de malignidade quase 0. O tipo 3 e 4, ao ser observado um aumento em seu risco de malignidade, pode ser necessário a realização de um procedimento cirúrgico.
De uns cinco a dez anos para cá, o tipo três teve algumas questões mais especiais, o que resultou na diminuição do número de cirurgias para este tipo. Há pacientes que apresentam o cisto renal com alguma complicação de compressão, de vasos, sangramento e outros, mas que não há risco de câncer.
No entanto, se ele é classificado como Bosniak três ou quatro, ou mesmo 1 ou 2F, quando há dúvida se é dois ou três, é importante consultar um especialista para saber qual o próximo passo, pois alguns casos podem necessitar de cirurgia.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.