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Estudo Urodinâmico é um procedimento para diagnóstico, e é relativamente invasivo, ou seja, quando você colhe um exame de urina, você faz xixi e colhem a sua urina.
O Estudo Urodinâmico é como se fosse um eletrocardiograma da parte da bexiga, só que precisa colocar uma sonda pelo canal uretral. Isso pode ser feito em homem e mulher, e não pode ser realizado com anestesia, mas não é um exame doloroso.
É um exame que demora mais ou menos meia hora, e tem que se introduzir esse cateter. As pessoas se chateiam por ter que ficar com esse cateter, que tem um pequeno sensor na ponta, com os fios conectados a um computador ou um software que faz um monte de análise, como de pressões, bexiga e análise de fluxo.
Criam-se vários gráficos, e a grande diferença é que nós conseguimos obter dados objetivos com números. São criados gráficos comparativos ao longo do tempo, entendendo que o exame é um pouco mais delicado, em situações que são estritamente necessárias.
Esse exame, através da obtenção de valores da pressão dentro da bexiga muito alta, com o fluxo baixo, vão provar com números e gráficos se há realmente uma obstrução, e de que a cirurgia é necessária.
Além disso, falando um pouco de homens, o paciente que tem próstata aumentada, é normal achar que pode ter obstruído, mas o paciente pode ter tido algumas doenças neurológicas, por exemplo, uma fratura de coluna, derrame, doença de Parkinson, e acabar se confundindo, porque às vezes o problema pode ser neurológico ou da bexiga, e não essencialmente da próstata.
Esse exame é espetacular, pois deixa-se de fazer uma cirurgia desnecessária. No exemplo citado acima, o paciente teria que tratar desse problema neurológico na bexiga, e não operar a próstata.
Os médicos não conseguem dar a certeza dos sintomas, nem exames de urina e ultrassom. Muitas vezes, nesses casos, para realmente decidir se vai fazer a cirurgia, se vai tomar remédio, o estudo urodinâmico é muito importante. Em mulheres com perdas urinárias também.
Muitas vezes, nós não sabemos se é bexiga hiperativa que está contraindo antes da hora com o tratamento com remédios ou se é realmente uma deficiência da musculatura que está fraca, precisando de uma cirurgia.
Da mesma forma, o estudo dinâmico vai medir as pressões de perda urinária, vai medir o quão forte é o músculo que está segurando a urina, e não só mostrará essa diferença, se o tratamento será com remédio ou com cirurgia, mas pode dizer até qual o tipo de cirurgia é melhor ou não.
Pode dizer ainda que não é tratamento com o remédio da bexiga, o problema é a musculatura fraca, mas a pressão de perda não é tão baixa, pode-se tentar fazer fisioterapia, e muitas vezes evitar a cirurgia.
Portanto, o estudo urodinâmico é um exame relativamente invasivo, não é doloroso, ele é um pouquinho mais constrangedor, porque a pessoa fica ali, parada, com um cateter dentro, e precisa que ter certa interatividade.
Quem está fazendo o exame, tem que fazer perguntas. Deve pedir para tossir, ver se está sentindo vontade de urinar, e tem que ser anotado durante o exame. É essencial, muitas vezes, para decidir se é um tratamento com remédios ou cirurgia, e qual cirurgia que é a melhor para ser feita. Portanto, sempre é indicado quando é muito necessário tomar essas decisões, que mudam muito o tratamento do paciente.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.