O hiperaldosteronismo primário é causado por um pequeno tumor na supra-renal, frequentemente não visível em exames simples, exigindo ressonância magnética ou tomografia detalhada para diagnóstico preciso.
No post de hoje, falaremos sobre o Hiperaldosteronismo primário, seus sintomas iniciais e meios de tratamento.
Índice
A supra-renal é composta por várias camadas, incluindo a casca e o miolo. O miolo produz adrenalina, enquanto a casca é responsável pela produção de aldosterona e cortisol.
Um tumor que afeta essa linhagem de células produtoras de aldosterona pode resultar na síndrome conhecida como síndrome de Conn, caracterizada por pressão alta e queda de potássio no sangue, o que por sua vez pode causar câimbras.
Portanto, se alguém apresenta pressão alta e câimbras, além de níveis baixos de potássio, é possível que esteja lidando com um caso de hiperaldosteronismo primário.
O hiperaldosteronismo primário, que é um tumor benigno da supra-renal, muitas vezes possui um tamanho menor do que 1 centímetro. Em exames de imagem mais simples, como tomografias, ele pode passar despercebido, necessitando frequentemente de exames mais detalhados, como ressonância magnética ou tomografia com cortes finos, especialmente destinados a esse diagnóstico.
O processo de diagnóstico começa a ser suspeito com base em sintomas clínicos, sendo geralmente conduzido por médicos, clínicos gerais, cardiologistas, nefrologistas ou endocrinologistas. Para fazer medições precisas, são utilizadas técnicas especiais, muitas vezes envolvendo a administração prévia de medicamentos antes da coleta de sangue, o que requer cuidado com os remédios que o paciente está utilizando.
A aldosterona é um hormônio presente no sistema renina angiotensina aldosterona. Ela está envolvida nesse mecanismo em que o rim produz a substância renina, que por sua vez libera a angiotensina, resultando na contração dos vasos. A aldosterona desencadeia esse processo, que está intimamente ligado à regulação da pressão arterial do corpo.
O médico, conhecido como clínico, realizará uma avaliação, podendo ser necessário interromper alguns medicamentos que bloqueiam uma dessas etapas. Em certos casos, a internação e exames podem ser necessários para prevenir uma crise de hipertensão grave.
Em situações específicas, o tratamento conservador com remédios é uma opção, pois existe um conjunto de drogas, como certos tipos de diuréticos específicos, que podem bloquear a aldosterona e regular a pressão arterial. No entanto, muitos desses medicamentos podem causar efeitos colaterais significativos ao longo dos anos, incluindo o crescimento das mamas em homens e dor nas mamas em mulheres, além de complicações renais com o tempo. A cirurgia muitas vezes oferece uma cura para esses problemas.
Quando o diagnóstico é realizado, o médico clínico frequentemente se comunica com o paciente. Hoje em dia, a cirurgia é conduzida através de videolaparoscopia, levando cerca de uma hora para cada lado, e o paciente é liberado um a dois dias após o procedimento, com uma recuperação significativamente aprimorada.
Portanto, essa categoria de tumor, mesmo sendo benigno, requer a avaliação de uma equipe composta por cirurgiões e clínicos experientes, a fim de realizar um diagnóstico preciso e propor o tratamento mais adequado.
Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.