Dr. Cássio Andreoni

Pressão alta e outros problemas

Atualizado em 14/11/2023
Tempo de leitura: 2 min.

Quando falamos de pressão alta, geralmente não pensamos em urologistas. No entanto, há situações em que problemas nos rins ou glândulas podem estar por trás desse quadro.

Neste texto, vamos explicar como, às vezes, a hipertensão está relacionada à urologia e como isso pode influenciar no diagnóstico e tratamento, mostrando que, em alguns casos, os urologistas desempenham um papel importante na saúde cardiovascular. Continue lendo para entender melhor!

Hipertensão primária e secundária

A maior parte das pessoas com pressão alta, muitas das quais não são tratadas na minha especialidade como urologista, enfrenta um cenário complexo. Apesar da hipertensão primária, que não possui uma causa específica, ser predominante, existem casos secundários menos comuns, como a hipertensão renal relacionada aos rins ou à glândula adrenal.

Essas hipertensões secundárias, embora menos frequentes, demandam atenção especial, pois podem envolver a atuação do urologista. O diagnóstico muitas vezes ocorre quando a pressão arterial permanece descontrolada mesmo com o uso de dois medicamentos prescritos pelo clínico.

Diagnosticando a hipertensão secundário

É fundamental que o clínico, ao suspeitar de complicações, encaminhe o paciente para especialistas em hipertensão. Este encaminhamento é essencial para identificar causas menos comuns, como aneurismas nas artérias renais ou distúrbios nas glândulas suprarrenais.

Por exemplo, um caso recente apresentou um paciente com um aneurisma na artéria renal, resultando em hipertensão descontrolada. O tratamento, nesse caso, envolveu autotransplante do rim afetado e a reconstrução do aneurisma, resultando em uma abordagem mais complexa.

A complexidade desses casos é variada. Alguns pacientes passam por avaliações das glândulas suprarrenais para detectar a produção excessiva de hormônios como aldosterona e cortisol. Nódulos pequenos muitas vezes não são visíveis em exames iniciais, exigindo uma abordagem clínica mais aprofundada.

Conclusão

Em resumo, embora a maioria das hipertensões não seja diagnosticada como problemas curáveis, é crucial considerar casos em que a pressão arterial persiste descontrolada apesar do uso de medicamentos. Nesses casos, uma avaliação mais aprofundada, possivelmente com a intervenção de especialistas, é essencial para identificar e tratar problemas subjacentes.

Dr. Cassio Andreoni Ribeiro

CRM 78546
RQE 102167 - Urologista

Urologista formado na Universidade Federal de São Paulo, há 25 anos e qualificado em cirurgia minimamente invasiva e robótica.

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